Propriedade Intelectual na Educação Infantil?
Propositadamente interrogado, o título deste verbete remete, sem dúvida, a uma pouco convencional situação prática de aplicação do ensino da Propriedade Intelectual: na Educação Infantil.
Todavia, é possível exemplificar afirmativamente tal questionamento em face de experiência extensionista abraçada pela Escola Municipal Félix Araújo (uma das mais tradicionais instituições de ensino da Rede Pública de Campina Grande, cujo patrôno, renomado político paraibano assassinado aos 30 anos, cronista e poeta, também foi livreiro, instalando, no ano de 1946, a “Livraria do Povo”), com a participação de estudantes de Pedagogia, cujo objetivo é, por meio de mediação, a partir de práticas e dinâmicas direcionadas a crianças, incrementar as habituais rodas de leitura com a participação dos autores, elevando a percepção dos pequenos ao reconhecimento do conceito de autoria e, pois, simbolicamente, do direito autoral em si.
Esta ação encerta um projeto maior, enquanto atividade vinculada à linha “Educação para Cidadania e Cultura de Respeito Autoral” do Grupo de Extensão Socialização em Propriedade Intelectual, com ações que ultrapassam a leitura (ou contação) em si, mas com comentários sobre as obras concatenados à biografia do autor e contextos (histórico, sociológico, econômico etc.) de seu entorno, sempre de forma a se fazer entender por alunos ainda da pré-escola.
A presença física de “quem escreveu o livro” serve, além, como referência às crianças e estímulo à criação, impulso a ação de, no futuro, elas também serem autoras.